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1. As queimaduras de sol das orcas são disfarçadas com óxido de zinco preto
As orcas no SeaWorld passam a maior parte do tempo flutuando de forma apática na superfície da água, com pouca (às vezes, nenhuma) sombra para se esconderem do sol escaldante. Na natureza, as orcas passam até 95% do tempo submersas, encontrando sombra nas profundezas do oceano; já no SeaWorld, seus tanques são rasos demais. O tanque mais fundo nos parques tem pouco mais de 12 metros de profundidade, que não as protege de intempéries e tampouco dá a elas os mais de 1.000 metros que elas poderiam mergulhar na natureza. Por causa disso, as orcas têm queimaduras de sol o tempo todo, as quais são escondidas do público com óxido de zinco preto, da mesma cor da pele das orcas. Apesar de ser utilizado também como bloqueador solar, o óxido de zinco é quase sempre aplicado após as orcas já terem se queimado.
2. Algumas orcas foram raptadas e enviadas ao SeaWorld
Cinco orcas que estão no SeaWorld neste instante foram raptadas de seus lares no oceano, assim como outras que já morreram. A orca Tilikum, por exemplo, que morreu depois de passar 33 anos em uma prisão de concreto, foi capturada com 2 anos de idade por um “cowboy” marinho. Tilikum não foi retirado de seu habitat natural por estar debilitado; ele foi raptado de sua família contra sua vontade e aprisionado em um tanque de concreto minúsculo para dar lucro.
© Terrell C. Newby, Ph.D.
3. Capturados ou então, assassinados
Em 1965, o primeiro show com orcas do SeaWorld foi realizado por uma jovem orca fêmea chamada Shamu no SeaWorld San Diego. Durante a captura de Shamu, sua mãe foi morta com um tiro de arpão bem na sua frente, disparado por um “cowboy” marinho chamado Ted Griffin. Seu parceiro, Don Goldsberry, trabalhou para o SeaWorld posteriormente e foi designado para trazer mais orcas para o parque. Ele continuou raptando e matando orcas e, certa vez, chegou a contratar mergulhadores para cortar as barrigas de quatro orcas, enchê-las de pedras, colocar âncoras em seus rabos e afundá-las ao leito do mar para que suas mortes não fossem descobertas.
© Terrell C. Newby, Ph.D.
4. Treinadores forçam a procriação dos golfinhos, que às vezes estão drogados
Três anos atrás, enfrentando críticas crescentes da PETA, de cientistas e do público quanto ao tratamento inaceitável dado às orcas em cativeiro, o SeaWorld anunciou que acabaria com seu programa de reprodução de orcas. No entanto, a empresa continua a procriar os golfinhos-nariz-de-garrafa e os golfinhos-de-laterais-brancas-do-pacífico, primos mais pequenos das orcas, e amontoam cerca de 140 deles em apenas sete tanques de concreto minúsculos.
De acordo com o ex-treinador do SeaWorld e denunciante, John Hargrove, golfinhos machos no SeaWorld têm seus órgãos sexuais manipulados através de masturbação, de forma similar às orcas (como pode ser visto abaixo). Depois, os golfinhos fêmeas são fecundados forçadamente, às vezes após serem drogados.
5. Perigo para os treinadores do SeaWorld
O registro de incidentes internos do SeaWorld contém relatórios de mais de 100 incidentes de agressões de orcas nos parques, os quais resultaram frequentemente em lesões e até causaram uma morte por hemorragia interna. Após o ataque de uma orca a um treinador em 2006 no SeaWorld San Diego, o Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho da Califórnia concluiu que era “apenas uma questão de tempo” até que alguém fosse morto enquanto interagia com as orcas. Uma investigação maior sobre esses ataques poderia ter prevenido outras lesões e mortes.
6. Orcas em cativeiro têm uma expectativa de vida menor
As orcas que vivem na natureza têm uma expectativa de vida de 30 a 50 anos, sendo que algumas orcas machos podem chegar entre 60 a 70 anos; já as orcas fêmeas podem chegar entre 80 a mais de 100 anos. No SeaWorld, as orcas morrem, em média, aos 14 anos.
© Free Morgan Foundation
7. Barbatanas dorsais caídas não são normais nem saudáveis
Todas as orcas machos em cativeiro têm a barbatana dorsal caída depois de adultos, sinal de que não estão saudáveis. O SeaWorld diz que esta é uma condição comum e natural a todas as orcas. A verdade é que, na natureza, raramente se vê barbatanas dorsais caídas; elas são causadas pelo ambiente artificial do cativeiro. Apenas 1% a 5% das orcas machos em algumas populações (e 0% em outras) têm barbatanas dorsais totalmente caídas.
8. Os treinadores não são biólogos, mas sim, artistas
Ao contrário do que se acredita, muitos treinadores não têm formação em biologia marinha. O propósito deles é entreter e dar um “belo” show para visitantes, e não informar sobre a inteligência, natureza social, ou famílias, forrageio e habitats naturais dos animais aprisionados no SeaWorld.
9. O SeaWorld falha em proteger os animais
No dia 11 de janeiro de 2012, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, pelas suas siglas em inglês) emitiu um aviso oficial ao SeaWorld San Antonio, pois o parque “repetidamente deixou de providenciar tampas de drenagem fixadas de forma segura para minimizar o risco potencial de que os animais fiquem presos nos drenos”, uma violação que resultou na morte de um leão marinho. Em março de 2013, uma criança foi mordida por um golfinho no SeaWorld; após uma reclamação da PETA sobre o incidente, o USDA conduziu uma investigação e intimou o parque acerca de diversas violações ao Ato do Bem-Estar Animal do governo federal, incluindo o uso de materiais cirúrgicos vencidos, alguns adquiridos há mais de uma década. O USDA documentou também que um tanque de golfinhos, assim como a área em volta do tanque de shows das orcas, precisava de reparos e continha concreto rachado e quebradiço, além de vigas enferrujadas que poderiam ser uma ameaça à saúde e à segurança dos animais e dos funcionários. O USDA mencionou que as condições inseguras “podem criar um risco à saúde, caso estes pedaços de concreto caiam na piscina e sejam ingeridos, ou caso se tornem abrasivos”, e que eles “dificultam a limpeza e esterilização”.
© Ingrid N. Visser, Ph.D.
10. Os animais sofrem em condições de vida abarrotadas que não lhes são naturais
O SeaWorld aprisiona baleias e golfinhos que, na natureza, nadariam até 225 quilômetros por dia, em tanques que, para eles, são do tamanho de uma banheira. A empresa se apresenta como um estabelecimento de família, cheio de atividades divertidas e “educacionais”. No entanto, essas atividades machucam os animais de forma física e emocional. O SeaWorld possui meios financeiros e a habilidade de criar santuários marítimos, onde as orcas teriam uma vida mais natural com menos estresse, podendo sentir as correntezas e ondas; ver, sentir e se comunicar com seus parentes selvagens e outros animais do oceano; e ter oportunidades de expressar comportamentos naturais que lhes são negadas no momento. Mesmo assim, o parque prefere manter o padrão de operações desumanas, o mesmo dos últimos 50 anos, apesar de todos os incidentes mortais e violentos e das evidências de danos. Por favor, diga “não” ao SeaWorld e à escravidão dos animais, recusando-se a comprar ingressos para o parque dos maus-tratos, e peça à empresa que solte os animais em santuários marítimos.
Mais informações em português:
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