Looking for information in Spanish?Yes!|No, stay with English.

Features

Back to Features

To read this article in English, click here.
Essa é a Lolita. Com apenas 4 anos de idade, ela foi afastada de sua família e de seu lar no oceano durante a maior captura de orcas selvagens da história.

Em 1970, mais de 90 orcas foram perseguidas e encurraladas em redes, e sete foram sequestradas e vendidas para parques marinhos.

©Terrell C. Newby, Ph.D.

©Terrell C. Newby, Ph.D.

Por meros US$ 6.000, Lolita foi comprada pelo Miami Seaquarium, onde está confinada há décadas e é usada para entretenimento humano.

Ela é a única sobrevivente daquela captura horrível, e passou quase toda a sua vida no menor e mais antigo tanque de orcas dos EUA. Esse tanque nem atende ao requisito de tamanho mínimo antiquado e inadequado da Lei Federal de Bem-Estar Animal e não fornece ela qualquer abrigo do sol escaldante de Miami. As orcas, na natureza, passam 90% do tempo debaixo d’água e mergulham a profundidades de mais de 300 metros, mas o tanque que confina Lolita tem apenas 6 metros no ponto mais profundo, ou seja, o mesmo comprimento que seu corpo. Orcas mantidas em tanques geralmente sofrem queimaduras solares e até bolhas.

MIAMI SEAQUARIUM | LEONARDO DASILVA | CC by 2.0

Às vezes, as orcas em cativeiro são cobertas com óxido de zinco preto para evitar queimaduras solares, mas a substância também já foi aparentemente usada para cobrir bolhas de queimadura dolorosas na pele das orcas que já foram queimadas pelo sol.

Com pouquíssimos estímulos e nenhuma oportunidade de se envolver significativamente no comportamento mais básico e natural das orcas, Lolita passa os dias flutuando apática. Ela não tem a companhia de nenhum membro de sua própria espécie desde 1980, quando seu companheiro de tanque, Hugo, morreu depois de bater repetidamente com a cabeça na parede do tanque.

O comportamento zoocótico comumente observado em animais em cativeiro inclui atitudes repetitivas e prejudiciais; por exemplo, este orca bate sua cabeça em uma plataforma de pouso no SeaWorld:

Comportamentos nocivos repetitivos são comuns, como, por exemplo, esta orca batendo a cabeça em uma plataforma de pouso no SeaWorld.

A família de Lolita, a população de orcas Southern Resident (Residente do Sul), agora está ameaçada, em grande parte porque seus bebês foram capturados e mantidos em cativeiro e adultos foram mortos enquanto tentavam salvá-los.

Quando o National Marine Fisheries Service (NMFS) (Serviço Nacional de Pescas Marinhas) listou as orcas Southern Resident como ameaçadas, oferecendo proteção a seus membros sob a Endangered Species Act (ESA) (Lei de Espécies Ameaçadas), tal proteção foi especificamente negada para Lolita, sem qualquer explicação ou justificativa. Após uma ação judicial e petição da PETA, bem como comentários enviados por mais de 17.000 pessoas, o NMFS finalmente concedeu a ela as proteções às quais ela tem direito pela ESA. Apesar disso, ela ainda está sendo mantida em cativeiro.

Chegou a hora de Lolita voltar para casa.

Muitas organizações, incluindo a PETA, o Whale Sanctuary Project e a Orca Network, bem como a tribo indígena nativo americana Lummi, ofereceram planos para a construção de santuários marítimos para orcas, onde elas poderiam ter uma experiência mais similar à vida que lhes foi roubada. Para Lolita, ser transferida para um desses santuários também poderia significar a chance de ver e talvez até interagir com seu grupo familiar novamente.

Com a sua ajuda, Lolita pode ser solta em um santuário marítimo. Peça ao Miami Seaquarium que a deixe ir!

Mais informações em português:

Share on Facebook Share on Twitter