A desoladora captura real de orcas para o SeaWorld e o Miami Seaquarium

Em 1970, mais de 90 orcas foram perseguidas e arrebanhadas em uma rede de 12,140 metros quadrados por explosivos ensurdecedores, lanchas e aviões em Puget Sound, uma enseada profunda no Oceano Pacífico, perto da costa do estado de Washington, EUA. Ao lado dos caçadores contratados estava Terry Newby, um jovem pesquisador de animais mamíferos marinhos (de suéter vermelho e azul). Imagens obtidas pelo próprio Dr. Newby contam a história das horríveis capturas que levaram ao confinamento e exploração de orcas por décadas em parques marinhos e aquários no mundo inteiro.

(Role para baixo para continuar.)

Presas e desesperadas, as orcas procuraram, inutilmente, uma saída. Seus gritos frenéticos ecoaram sobre a enseada e foram ouvidos por quilômetros. Os guinchos, gritos e brados foram tão perturbadores e ensurdecedores que o Dr. Newby diz que

os ouve até hoje.

Estressadas e em pânico, as orcas se erguiam, na esperança de serem resgatadas por seus familiares que estavam fora das redes.

Quando um macho maduro estava presente, as orcas capturadas gritavam pedindo ajuda, mas por estar na mesma situação, ele era incapaz de ajudar.

Não havia saída.

Filhotes foram tirados de suas mães dentro dos currais com lanchas e redes. As mães, indefesas, não podiam fazer nada além de ver seus filhos serem levados. Era a última vez que elas os veriam.

O que aconteceu em seguida é revoltante.

Sete orcas jovens e assustadas, lutando com todas as suas forças, foram puxadas e colocadas em

eslingas à força.

Elas nunca tiveram chances de escapar em suas últimas tentativas, e foram tiradas de seus lares no oceano para

nunca mais voltarem.

Lolita, uma das sete orcas capturadas, olhou pela última vez para a sua família e seu lar antes de ser tirada do oceano. Hoje, ela é a única orca capturada naquele dia ainda viva, e vive há mais de 45 anos confinada no Miami Seaquarium.

Adeus à vida que ela conhecia

Os barcos entregaram as orcas a uma doca em frente ao Captain Whidbey Inn, no lado norte de Penn Cove. De lá, elas foram colocadas em camionetes para serem transportadas para o Aquário de Seattle. Mal sabiam que seu sofrimento havia acabado de começar; elas seriam enviadas a parques marinhos em todo o mundo, incluindo o SeaWorld, para fazer shows forçados e morrer em piscinas apertadas de concreto.

As consequências

Capturas

Em 1970 e 1971, em Puget Sound, 10 orcas foram capturadas em seus lares no mar. Metade delas foram enviadas ao SeaWorld; algumas sobreviveram por apenas alguns meses, e todas morreram prematuramente, com exceção de Lolita, que ainda está no Miami Seaquarium. Durante os 15 anos de captura em Washington e na Colúmbia Britânica,

entre 275 e 307 cetáceos foram capturados

55 foram transferidos para aquários

e pelo menos uma dúzia morreu durante as operações de captura.

O povo se pronunciou

Em 1976, o estado de Washington processou o SeaWorld por violar suas licenças durante as capturas violentas, e o tribunal decidiu em favor dos cidadãos indignados e do Dr. Newby, que testemunhou contra a captura de orcas em Puget Sound. O SeaWorld foi mencionado e incluído na decisão do tribunal que proíbe que orcas sejam removidas à força de seus lares legítimos no mar.

Orcas ameaçadas

As orcas pertencentes à população Southern Resident no Noroeste Pacífico foram classificadas como ameaçadas de extinção, e o Dr. Newby acredita que as capturas mercenárias e impiedosas em Puget Sound contribuíram para o problema. O Serviço Nacional de Pesca Marítima (National Marine Fisheries Service), em um relatório oficial, concordou:

“[A] captura de baleias assassinas para exibição pública durante a década de 1970 provavelmente diminuiu o tamanho da população e alterou as características da população o suficiente para afetar gravemente sua reprodução e persistência”.

Não apoie o SeaWorld ou o Miami Seaquarium

A história de confinamento e exploração de orcas do SeaWorld é assustadora, incluindo mortes prematuras de orcas, lesões evitáveis de orcas e a morte de um treinador. Honre todas as orcas arrancadas de seu lar nas capturas de 1970 e 1971 e forçadas a se apresentar no SeaWorld, bem como as outras 28 orcas hoje confinadas nos parques do SeaWorld em Orlando, San Antonio e San Diego e no Loro Parque em Tenerife, Espanha. Nunca vá ao SeaWorld, e peça à empresa que desenvolva um plano firme e rápido para libertar os animais em abrigos marítimos protegidos, o que lhes proporcionaria maior liberdade de movimento, assim como a oportunidade de ver, sentir e se comunicar com seus parentes selvagens e outros animais marinhos, sentir as marés e as ondas e se envolver em um comportamento natural que há muito tempo lhes é negado. Além disso, peça ao Miami Seaquarium para dar à Lolita a dignidade que ela merece, enviando-a para um santuário marítimo.

Share on Facebook Share on Twitter